Tenho acompanhado o que está acontecendo em New Orleans. É o tipo de tragédia impossível de ignorar. Todas as noites uma fila de rostos desconhecidos aparecem na tela da minha tv e me comovem. Pessoas que nunca vi e, provavelmente, jamais verei de novo, mas que enchem meus olhos de lágrimas quando dizem "faz quatro dias que não como" ou "temos meio litro de água e um pouco de pão". A cidade ainda está parcialmente submersa, não se tem a mínima previsão de quando as lojas voltarão a funcionar e a incompetência do governo da nação mais rica do planeta fica, a cada segundo, mais e mais evidente.

A Ana disponibilizou um selo que redireciona ao site da rede de arrecadação de donativos para as vítimas (majoritariamente negros e pobres). Ele estará na coluna à esquerda.

O Smart fez um post explicando o processo de aquecimento global e de que forma isso pode provocar catástrofes como a de New Orleans.

Lucia Malla, bióloga, também fez um post tratando do mesmo assunto.

Laurinha fez um balanço comovente de qual é a situação, 5 dias depois do furação Katrina.

Leila tem feito alguns posts analisando a maneira bushiniana de administrar a crise. A atitude do governo - passiva, apática, demorando demais para tomar providências necessárias que poderiam salvar centenas(talvez milhares) de pessoas - está sendo duramente criticada.

Idelber tem feito do seu blog um "balcão de informações" a respeito de brasileiros e pessoas de diversas nacionalidades que ainda se encontram entre os desaparecidos. Renata Nascimento, brasileira, carioca, estudante em Tulane está entre eles. Estamos todos torcendo para que ela esteja muito bem e entre em contato em breve.

Se você - como eu - crê em Deus, faça as suas preces. E se puder ajudar de alguma outra forma, clique no selo.

ATUALIZAÇÃO: Renata acaba de enviar notícias. Ela está bem e na Califórnia. :-)))))

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ATUALIZAÇÃO II: Tragédia revela drama da desigualdade racial.

NOVA ORLEANS, Louisiana. A tragédia do sul dos Estados Unidos está provocando um intenso debate no país sobre a questão racial e seu reflexo na desigualdade econômica na nação mais rica no mundo. Um rápido olhar para as fotos e as imagens de televisão das áreas afetadas pelo furacão Katrina não permite outra conclusão: a maioria das pessoas atingidas é negra, apesar de essa população nos três estados atingidos ser de cerca de 30%.

Brasileiros que escaparam chegam hoje ao Rio.

Cidades fantasmas no Mississippi.

Depois da tragédia, a degradação da alma humana.


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ATUALIZAÇÃO III

Ontem à noite durante a transmissão ao vivo na NBC de um musical em benefício às vítimas do Katrina, o popular rapper americano Kanye West, apresentador do programa ao lado do ator Mike Meyers, resolveu sair totalmente do script que deveria ter lido no teleprompter, e falar de forma emocionada o que estava sentindo:

"Eu odeio a maneira como nos mostram na mídia. Você vê uma família negra, eles dizem: 'Estão saqueando'. Você vê uma família branca, eles dizem: 'Estão procurando por comida'". Matéria completa na Leila