Tenho seis melhores amigos. Algumas pessoas podem achar estranho alguém ter tantos melhores amigos. Talvez pareça que, com esse número, não se possa ser íntima de todos e que a amizade torna-se superficial. Se isso é verdade para alguns não o é para mim - definitivamente. Consigo desenvolver uma relação de confiança, de intimidade, sólida, franca em 100%, com pelo menos cinco pessoas nesse mundo. E incluo uma sexta aí porque, com ela, a coisa chega "quase lá". No dia 10, meu melhor amigo (um deles, bem entendido) embarcou para São Francisco em uma viagem definitiva. Ou não. Isso, na verdade, depende de vários fatores. No aeroporto me despedi dele sabendo que ele estava de mudança, e não saindo de férias. Ele chorou. Eu não. Mandou-me um email três dias depois dizendo que o coração já estava pesando de saudades. Eu só conseguia ficar feliz por ele que estava dando um salto, sem redes, atrás dessa coisinha tão escorregadia chamada felicidade. Hoje, enfim, a ficha caiu. A cidade se transformou num museu, cheia de pedaços de lembranças aqui e ali. Hoje entendi que pode ser que passe muito tempo até que eu ponha novamente meus olhos sobre ele. E dói, sabe? Internet nenhuma do mundo substitui a presença física, me dei conta. Estou me acostumando com isso de ser uma pessoa dividida. Um pedaço na Europa, outro no Brasil, outro nos Estados Unidos. E é bom que todo mundo vá tentando se acostumar também. Com tanto mundo no mundo para ver, desbravar, conhecer, quem disse que a gente tem que nascer, crescer, multiplicar e morrer no mesmo lugar? *********** Não sei o que aconteceu com os comentários desse post que não aparecem aqui, embora eu possa visualizá-los na página do Haloscan. Não pensem que eu apaguei...rss. Li todos e peço desculpas a quem não tive oportunidade de responder. |